domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cunha

No sábado, 19/01/13, inauguramos a temporada do “lugar de comidas” com a cidade de Cunha, a 217 km de distância da cidade de São Paulo. Pela manhãzinha, caímos na estrada.

Cunha é de uma graça serrana e artesanal, por onde se anda, dá para se sentar e prosear, é de praça, é de igrejas antigas, de estilosas construções. Tem trilha, tem cachoeira para se escolher, escondidas por entre caminhos sedutores. Tem também muita coisa bonita produzida pelos artesãos de lá…

 Ao chegar à cidade, recebemos um mapinha no centro de informações turísticas, localizado próximo à Igreja Matriz . Para ter acesso às atrações de ecoturismo, tem que sair da cidade pela estrada Cunha- Paraty. Existe transporte coletivo, mas somente em dias e horários específicos (vale a pena dar uma ligada antes), o que dificulta para o visitante que estiver sem transporte próprio.

Uma estradinha de terra extremamente encantadora, de vegetação rica, nos levou até ao Parque Estadual da Serra do Mar. O parque conta com três trilhas, sendo duas monitoradas  e uma autoguiada. Percorremos somente a trilha autoguiada, de aproximadamente 2 Km, com possibilidade de banhar-se na cachoeira.

 Depois desta visita, já estava mais do que na hora de almoçarmos. Voltávamos pela estrada de terra, quando avistamos o restaurante da dona Cida, que cozinha em sua própria casa para os visitantes.  Um irresistível cheiro de doce de figo nos recepcionou e deu pra perceber que ali se serve comida a toda hora.

 O restaurante era um lugar aconchegante, ambiente de mãe e de vó, gostoso de ver a paisagem pela janela. As árvores dançavam lá fora anunciando a chuva, dona Cida tagarelava com sua filha Sirley enquanto preparava os comes.

 Éramos clientes, mas havia um clima de visita, já que ao lado da comida havia o bule com café no qual um menino, da família talvez, esforçava-se por pegá-lo tentando não incomodar. Do seu fogão à lenha dona Cida nos convida a pegar arroz, feijão, farofa de cenoura e de couve e a truta empanada, tudo acompanhado com um suave suco de limão cravo. Vindo de um pesqueiro da região, a truta aparenta ser a especialidade dali e logo à primeira mordida é fácil de descobrir o porquê. É saborosa e leve e, por isso, conseguimos comer em duas pessoas três grandes filés sem estufar e, principalmente sem engasgar, afinal suas espinhas não ofereciam perigo. Para os vegetarianos, há a opção de substituir a truta por ovo frito; também existe a possibilidade de se deliciar com as muitas porções.

 Nossa refeição foi acompanhada pela mútua curiosidade entre nós e a dona Cida, que parecia muito orgulhosa de fazer parte daquela comunidade, segundo ela, um lugar sem violência e de cooperação entre os moradores. Que vontade de ficar mais um bocadinho…

 A chuva não só se insinuou como efetivamente veio. Nossos planos de encarar as águas geladas da cachoeira de Jericó foram por água abaixo, rs… Assim, só nos restou voltar a Cunha, dar mais algumas voltas pelo centro, comprar um licor de limão siciliano no Mercado Municipal e voltar a São Paulo. Assim termina nossa aventura.

O restaurante da dona Cida fica aproximadamente a 10 km da estrada Paraty-Cunha, na estradinha de terra que leva ao Parque Estadual Serra do Mar.

O prato com direito a arroz, feijão, farofa de cenoura e de couve mais a truta saiu por R$20. Substituindo a truta por ovo frito, ficou por R$10.

Prometemos contar depois sobre o licor de limão, heheheh


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